Offline Portugal, Aljezur |
Depois de tantos anos ONLINE... nas redes sociais, na televisão, na rádio, nos jornais... tenho a dizer-vos que me cansei um pouco de ter a minha vida tão exposta e partilhada. Também me cansei de conhecer pessoas em catadupa... parecia que já não tinha mais espaço na minha memória para decorar mais um nome e mais uma cara. Podem não acreditar, mas foi isso que se passou.
Passado quase 1 ano de finalizar a minha vida trocas em exclusivo, senti-me cansada e esgotada energeticamente de tanta gente que conheci, de tantos trabalhos que tive, de tantas preocupações que tinha diariamente (quer fosse para me alimentar, para me transportar, ou simplesmente viver sem dinheiro).
Necessitei de uma pausa, uma pausa OFFLINE, apesar de continuar pontualmente nas redes sociais, no facebook, no instagram e até no pinterest. Mas era um continuar diferente, onde de forma ordeira e calma vou participando nas redes sociais, mas sem a pressão de colocar conteúdos todos os dias, de promover marcas e pessoas, de fazer trocas, de escrever no blog mostrando as minhas atividades diárias. Ou seja, utilizar as redes sociais apenas como uma "comum mortal"!
Mas depois de tanto tempo... precisei (e ainda preciso) de um tempo verdadeiramente OFFLINE. Para colocar a cabeça e o coração no lugar e perceber para onde quero caminhar. A experiência de viver de trocas, foi muito maior do que algum dia poderia pensar ou prever. Além de uma alteração total ao meu estilo de vida, foi também redescobrir e aproximar-me um pouco mais do meu verdadeiro eu. Mas um eu, que ainda anda um pouco confuso e até cansado, de tanta troca! Sim, as trocas cansam!!!
E pronto... estar OFFLINE não só das redes sociais, mas estar ONLINE connosco e com quem nos rodeia, de forma coesa, humana e limpa. Simples. Foi desta forma que experimentei um conceito de uma amiga: o OFFLINE PORTUGAL. O OFFLINE PORTUGAL nada mais é do que um sítio brutal para passar férias de forma OFF do mundo virtual. Ou seja, um mundo sem computador, sem internet, sem telemóvel, sem tablet. Em OFF mas muito ON. Eu explico...
A primeira coisa que se faz, no momento do Check-in é entregar os nossos aparelhos com ligação à net, quer sejam telemóveis, computadores ou tablets. Vão para dentro destas gavetinhas, mas ficamos sempre com a chave da gaveta onde os nossos aparelhos estão. E pronto, agora é só "gozar" a nossa estadia sem esta ligação "doentia" com o mundo virtual.
Desenganem-se que o dia-a-dia no OFFLINE PORTUGAL é uma seca, parado, sem coisas para fazer e com a noção que temos de estar OFF (tipo amorfos, quietos e quase mortos). Nada disso, ali estamos ON, mas ON no dia-a-dia, connosco, com os outros. Criamos uma família temporária com os hóspedes e com os voluntários e partilhamos quase todos os momentos do dia, em conjunto: nas refeições, nas idas à praia, nas caminhadas, nas aulas de yoga e surf, na piscina... E depois de jantar, em vez de ficarmos agarrados à televisão ou ao computador, estamos juntos de novo, conversamos, cantamos, dançamos, tocamos instrumentos e relaxamos.
No fundo estar OFF é verdadeiramente ON! :) "Disconnet to reconnet", é o lema do OFFLINE PORTUGAL!
Estive 2 dias neste maravilhoso estado... e para vos dizer a verdade, mal senti a falta do contato com o mundo virtual. Não posso negar que algumas vezes me perguntava porque não tinha o telemóvel na minha mala e especificamente ao deitar me lembrava de ir ver se tinha alguma mensagem no facebook ou um novo like no Instagram... Mas isso foi passando com o tempo! Repetia a experiência por pelo menos 11 dias. Será que conseguia?!
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Boas temporadas OFF's para vocês. Aproveitem o Verão para menos fotos: aos pés na areia, ao pôr-de-sol laranja, aos pratos de caracóis, ao novo biquini... e mais: para olharem nos olhos das pessoas que vos acompanham nessas experiências.
Bem haja Rita e Bárbara por esta experiência. Valeu a pena estar muito ON... mas ON MESMO! :)
Cálculo que tenha sido verdadeiramente overwhelming para ti esse ano de trocas e que agora precisa é de serenidade na tua vida.
ResponderEliminarAssim que terminar o verão também quero ir ao offline relaxar, adoro a costa vicentina no outono.
Eu sou viciada na NET mas adoro fazer programas offline também. O que faço por vezes é deixar o telemóvel em casa de propósito, tão bom para estarmos realmente a viver o presente. Volta e meia olhas pró tlm para ver horas, checar o email e fb, ou dar uma olhadela no feed do instagram... assim não tens hipótese.
No ano passado tive um mês inteiro offline e tive umas fases que pensei que não ia aguentar. Acho que o mais complicado é não comunicar com aqueles que apenas o consigo fazer através de email ou facebook. E de ler os blogs que sigo :) de resto foi purificante e este ano vou repetir a dose.
Jeitosa, bem haja pelas tuas palavras! E sim, tens de ir ao Offline... Vais amar! Muito muito boa onda! E ondas para o surf também! :)
EliminarBacci *
Cheguei até aqui vendo uma reportagem sobre a Ilha Paraíso. Li algumas postagens e me identifiquei. No caso desta aqui, eu sou a esquisitona que não tem Facebook (nunca tive Orkut), nem Instagram, nem Tweeter. Confesso que nem TV eu tenho e quando as pessoas perguntam "mas o que tu fazes já que não vês TV?". Nossa! Tanta coisa! Tecnologias e redes são bons, mas a tentação do ser humano em abusar e virar vício é grande. Eu, por mim, sou satisfeita com a quota de tecnologia que me permito. Ótimo site, vou ler mais adiante. Saudações do Brasil!
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