domingo, 3 de fevereiro de 2013

Biológico não é igual a ecológico

Pois... eu nestas semanas ando é a ver como posso viver com o mínimo dinheiro possível e ser o mais sustentável possível. 

Depois de reuniões, entrevistas e palestras... ainda tenho tempo para algumas trocas que me farão mais sustentável no futuro e hoje em dia. O melhor que me aconteceu nestes últimos tempos, foi o facto de ter conseguido à troca um espaço de 100 metros quadrados a 1 km da minha casa para ter a minha própria horta. E ainda por cima este espaço, que fica na Quinta do Castelo nos Missionários da Consolata ao pé da BP da IC19, aceitam também pessoas para que tenham um pedaço de terra como eu. Ou pagam 15€ por mês com água incluída, ou não pagam nada e metade do cultivo é para entregar à casa. Não acham fantástico?

Além desta maravilhosa novidade que vai ajudar muito a melhorar a minha alimentação e a minha saúde (porque tenciono ir a pé ou de bicicleta todos os dias que puder) consegui também fazer uma troquinha fantástica com uma loja de produtos biológicos (ver aqui a definição de biológico: http://ec.europa.eu/agriculture/organic/organic-farming/what-organic_pt), chamada de Miosótis (ver mais aqui: http://biomiosotis.blogspot.pt/). Ora bem, o que eu faço como troca é colar autocolantes em produtos que vêm de outros países, colocando a legenda em português.

Posto isto, além de trocar o meu tempo de trabalho por produtos (já troquei o mooncoup, a escova de dentes iónica, o cristal de desodorizante e alguma comida biológica) aprendi imensa coisa. Nunca pensei que havia tanta variedade de alimentos biológicos, com especificidade para adultos, crianças, idosos... e além de comida há coisas super engraçadas que nunca pensei que poderiam ser também biológicas, tais como, por exemplo: cotonetes em algodão biológico! Lá, há de tudo... carne biológica, fruta, legumes, produtos de beleza, "medicamentos", cremes de beleza, tinta do cabelo biológica, muesli com todos os frutos possível e imaginários, chocolate de tudo e mais um par de botas, comida para bebé cheia de variedades, pensos higiénicos em pano, fraldas em pano... eu sei lá... cada vez que coloco etiquetas, aprendo mais e mais.

Trabalhar à troca é o que dá, estamos sempre a fazer coisas diferentes, a aprender imenso e por isso, aquela coisa que o pessoal que trabalha dia-a-dia diz "estou farto de fazer a mesma coisa", na minha vida não se coloca. Acho até que essa é a coisa que eu prefiro nesta minha nova vida: fazer coisas diferentes ao mesmo tempo, ter horários diferentes e também autonomia na minha vida para gerir como quiser. Depois tenho sempre aquela "desvantagem" de ir ao sabor do vento e de não sabermos o que temos para hoje ou de fazer planos ou desejar determinada coisa... mas o sabor da liberdade... ui... essa, é impagável!

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=KdVIsEUXIUM

4 comentários:

  1. Desde que seja uma liberdade sustentável (que por este post parece ser) é um projeto de vida interessante. Mas para além do "mediatismo" que tem tido como desafio, parece-me que é um projecto que tem na sua génese uma filosofia já com alguns seguidores pelo mundo fora. Estarei errado?
    Um amigo meu dizia-me há uns meses que uma das coisas mais importantes na atualidade, é ter um pedaço de terra que nos torne auto-suficientes. Ouvi também há algumas semanas, num interessante programa de rádio que o dinheiro vinha a perder valor e que as trocas voltavam a ter a importância de outrora.
    Não sei se este projecto nasceu com todos estes pressupostos iniciais, mas parece-me que é este o caminho :-)
    (Já segui pelo fb e vou seguir por aqui tb, porque me parece uma visão muito mais interessante :-)

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    1. ... muito grata pelo seu comentário! Há em todo lado gente que quer viver assim, que acredita que a partilha é o futuro, até mais do que as trocas!!! Espero que seja cada vez mais o nosso presente. Este projecto nasceu apenas e só com 3 valores: confiança, altruísmo e partilha, acreditando assim que se pode viver numa comunidade mais justa e mais feliz!
      boas leituras... :)

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  2. OLá Andresa

    (ps Já o arquivo, mas o mail ainda não sei)

    Achei piada a como tu dizes que não imaginavas que havia tanta coisa biológica a serio. Não leves a mal eu me rir por achar piada, mas prontos. Se calhar é porque sou mais do campo, e acho normal que muita coisa seja biológica, e não veja sentido nas coisas que agora fazem com tantos corantes, aditivos, conservantes e produtos transgenéticos.Enfim...fruto do que algumas pessoas querem. O tomate que se vende a maioria é transgenético, e vamos lá saber que mal ou bem isso nos vai fazer na saúde. Mas tudo porque o tomate coitado é mole por natureza, e então o meteram duro lol. Dá vontade de rir, mas é verdade. E a soja que é muito usada para vegetarianos é na maioria das vezes transgenetica. Isto é assim tudo para o dinheiro, para ter uma maior produtividade e competição. porque se não usarem pesticidas é complicado produzir algo. Tu vais experiênciar isso e vai ser bom para ti, acredita. É muito gratificante cultivar os nossos legumes. Agora já é tempo de ter as ervilhas e favas com flor. E vejo que muita gente aproveita qualquer terra para cultivar, porque a miséria é muita infelizmente também. Mas é bom voltar às raízes e não ter vergonha de trabalhar na terra.

    Força Andresa.
    E força na bicicleta também, que faz muito bem à saúde. É preciso é cuidado com os carros, que por vezes não respeitam as pessoas que andam de bicicleta.

    Beijinhos

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    1. ... pois é, as coisas que eu tenho aprendido, hém? Habitua-mo-nos tanto tempo com estas coisas "modernas" que já nem sabemos o que é a origem original do natural... lololol... :)

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