quarta-feira, 4 de julho de 2012

Tomei banho com uma bailarina!


Admiro as pessoas que trabalham todo o ano nas quintas, a cuidar da terra, dos animais, da casa... admiro mesmo! Não sei se na minha perspectiva é falta de hábito ou não foi meu costume ou então eu não nasci mesmo para este tipo de vida. Acho que em grande parte, a minha grande dificuldade se prende com a minha forma física não ser das melhores e por isso, me canso mais... e sinto mais dificuldade a fazer tudo. 

Estas casas da quinta, onde está a cozinha e a sala comum ficam no alto da serra, tendo-se de descer uns 4 ou 5 socalcos, traduzido em resmas degraus, feitos de xisto, muito bonitos, mas muito desregulares nas alturas, cada um do seu tamanho e feitio que me custa muito subir e descer. Por isso, estão a ver, cada vez que se preciso de alguma coisa das casas, toca a subir a serra, toca a descer a serra, toca a subir novamente. Pelo menos durante o dia, no mínimo tenho de subir e descer umas 3 vezes, mas o pessoal aqui faz isso com uma perna às costas e desce e sobe muitas mais vezes. E parece que não lhes custa nada! Às tantas nem custa... J Por isso, admiro as pessoas que trabalham da terra, porque as condicionantes são tantas... e tem de se saber tantas coisas, como a altura para plantar, escolher entre semear ou plantar, técnicas de lidar com os animais, já para não dizer, conseguir diferenciar as mil espécies de plantas verdes que cresce nas hortas.

Aqui a vida é sempre a subir (a serra) e a descer (a serra). E não é que para fazer uma simples ligação à internet ainda é pior?!?! Pois é... na Quinta da Mizarela há internet, mas como é limitada e aqui vive muita gente, os voluntários se quiserem ligar-se à internet têm recorrer a um clube recreativo numa zona aqui perto, chamada de Pardieiros. E é onde eu hoje fui para me ligar um bocadinho à net, ver as mensagens, os emails, o facebook e actualizar o meu blog. E tenho-vos a dizer... que se aqui continuasse mais tempo, deixava de o fazer e o vício da internet seria completamente ultrapassado num instantinho... a subida até ao carro é de “morte”... são 20 minutos a subir, a subir, a subir, que eu fiquei logo com os bofes de fora num ápice... Depois, da subida, 10 minutos de carro, na curva contra curva... o caminho é perto, mas as curvas da serra têm de se fazer com cuidado... e por fim, ufa, internet! J Fiz isto no meu tempo livre entre as 14h e as 16h, mas com tanta descida e subida tive nada mais nada menos do que apenas 1 hora na internet. Melhor que nada!

...

Quanto às minhas tarefas, hoje limpei as janelas da sala da meditação e mudei a serradura do galinheiro! Esta parte foi mesmo muito engraçada! Além de ter de tirar as “necessidades” do galinheiro, varrê-lo e limpá-lo de novo, no fim, coloquei um ovo que dizia: “Do not remove”. Ou seja, um ovo que tem isto escrito na casca para quando a pessoa for limpar o galinheiro voltar lá a colocá-lo. E isto tudo porquê? Porque as galinhas têm de saber que é ali que se chocam os ovos e não noutro sítio qualquer! Giro, hém? No fim dos meus afazeres ainda consegui fazer uma festinha numa delas, que teimava em “viver” dentro do balde onde coloquei a serradura suja! J

Hoje fiz mais uma coisa pela primeira vez, além de limpar o galinheiro, que nunca tinha feito! J Tomei banho com uma bailarina! LooooL... Eu explico! O duche da zona dos voluntários é muito giro... tem uma parede de pedra de onde saem umas flores lindas azuis, um espelho prateado e uma bailarina! Mas esta bailarina que vos falo não tem “tutu”... é como se fosse uma caldeira, onde se coloca lenha a arder para que possa aquecer um tubo de alumínio que aquece a água do banho! E foi a minha primeira vez a acender um lume: atear fogo a uma pinha, da parte de baixo, colocando o lume para baixo, colocar dentro da bailarina (epah isto pareceu mal em escrever.. lolol) e depois colocar lenha até fazer um fogo suficiente para que o tubo aqueça e faça um banho jeitoso! Muito bom!!!



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