Admiro as pessoas que trabalham
todo o ano nas quintas, a cuidar da terra, dos animais, da casa... admiro
mesmo! Não sei se na minha perspectiva é falta de hábito ou não foi meu costume
ou então eu não nasci mesmo para este tipo de vida. Acho que em grande parte, a minha grande dificuldade se prende com a minha forma física não ser
das melhores e por isso, me canso mais... e sinto mais dificuldade a fazer
tudo.
Estas casas da quinta, onde está a cozinha e a sala comum ficam no alto da
serra, tendo-se de descer uns 4 ou 5 socalcos, traduzido em resmas degraus, feitos
de xisto, muito bonitos, mas muito desregulares nas alturas, cada um do seu tamanho e feitio que me custa muito subir e descer. Por isso, estão a ver, cada vez que se preciso de
alguma coisa das casas, toca a subir a serra, toca a descer a serra, toca a
subir novamente. Pelo menos durante o dia, no mínimo tenho de subir e descer
umas 3 vezes, mas o pessoal aqui faz isso com uma perna às costas e desce e
sobe muitas mais vezes. E parece que não lhes custa nada! Às tantas nem custa...
J Por isso, admiro as
pessoas que trabalham da terra, porque as condicionantes são tantas... e tem de
se saber tantas coisas, como a altura para plantar, escolher entre semear ou
plantar, técnicas de lidar com os animais, já para não dizer, conseguir diferenciar as
mil espécies de plantas verdes que cresce nas hortas.
Aqui a vida é sempre a subir (a
serra) e a descer (a serra). E não é que para fazer uma simples ligação à
internet ainda é pior?!?! Pois é... na Quinta da Mizarela há internet, mas como
é limitada e aqui vive muita gente, os voluntários se quiserem ligar-se à
internet têm recorrer a um clube recreativo numa zona aqui perto, chamada de
Pardieiros. E é onde eu hoje fui para me ligar um bocadinho à net, ver as
mensagens, os emails, o facebook e actualizar o meu blog. E tenho-vos a
dizer... que se aqui continuasse mais tempo, deixava de o fazer e o vício da
internet seria completamente ultrapassado num instantinho... a subida até ao
carro é de “morte”... são 20 minutos a subir, a subir, a subir, que eu fiquei
logo com os bofes de fora num ápice... Depois, da subida, 10 minutos de carro, na
curva contra curva... o caminho é perto, mas as curvas da serra têm de se fazer
com cuidado... e por fim, ufa, internet! J
Fiz isto no meu tempo livre entre as 14h e as 16h, mas com tanta descida e
subida tive nada mais nada menos do que apenas 1 hora na internet. Melhor que
nada!
...
Quanto às minhas tarefas, hoje limpei as janelas da sala da meditação e mudei a serradura
do galinheiro! Esta parte foi mesmo muito engraçada! Além de ter de tirar as
“necessidades” do galinheiro, varrê-lo e limpá-lo de novo, no fim, coloquei um
ovo que dizia: “Do not remove”. Ou seja, um ovo que tem isto escrito na casca
para quando a pessoa for limpar o galinheiro voltar lá a colocá-lo. E isto tudo
porquê? Porque as galinhas têm de saber que é ali que se chocam os ovos e não
noutro sítio qualquer! Giro, hém? No fim dos meus afazeres ainda consegui fazer
uma festinha numa delas, que teimava em “viver” dentro do balde onde coloquei a
serradura suja! J
Hoje fiz mais uma coisa pela
primeira vez, além de limpar o galinheiro, que nunca tinha feito! J Tomei banho com uma
bailarina! LooooL... Eu explico! O duche da zona dos voluntários é muito giro... tem uma
parede de pedra de onde saem umas flores lindas azuis, um espelho prateado e
uma bailarina! Mas esta bailarina que vos falo não tem “tutu”... é como se
fosse uma caldeira, onde se coloca lenha a arder para que possa aquecer um tubo
de alumínio que aquece a água do banho! E foi a minha primeira vez a acender
um lume: atear fogo a uma pinha, da parte de baixo, colocando o lume para
baixo, colocar dentro da bailarina (epah isto pareceu mal em escrever.. lolol)
e depois colocar lenha até fazer um fogo suficiente para que o tubo aqueça e
faça um banho jeitoso! Muito bom!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigada pelo seu contacto! Responderei o mais breve possível.