quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A verdade sobre (o meu) lixo!

Desde que estou com esta minha vida de trocas, comecei a constatar uma bela "de uma constatação": o meu lixo tem diminuído significativamente!

Para mim, isso é óptimo, se há coisa que odeio mesmo é ir deitar o lixo fora! Lololol...
Bem, mas fora isso, comecei a dar muito mais uso a:
- sacos reutilizáveis (que comprei quando ainda usava os belos dos euros) para transportar a comida que troco
- tupperware's para trazer os restos da comidinha, dos sítios onde vou jantar ou almoçar
- garrafas de plástico ou de vidro, para o azeite que angariei na aldeia
- caixas de ovos, para transportar os novos ovos que arranjo
- sacos do lixo: como não compro sacos, uso os das compras que antigamente acumulei (quando acabarem é que terei de ver como guardo o lixo... hummmm)

Por outro lado, constatei que:
- como não compro revistas nem jornais, não há muito papel para deitar fora
- como não uso película aderente ou papel de alumínio, o plástico também diminuíu: se coloco algo no frigorífico, opto por um prato para tapar e se quero colocar algo no congelador, uso os tais typperware's ou algum saco de congelação que ainda abundam nas minhas gavetas
- guardanapos de papel: de futuro deixarei de os utilizar, vou começar a usar apenas os de pano... só tenho de perceber se a nível monetário e ecológico é mais compensador por causa da água que gasto
- papel higiénico: já me disseram que a melhor forma de se ser mais ecológico nesta área, era mesmo usar a bela da água para dar banhoca ao rabinho... hum... terei de ver melhor esta parte, quer a nível monetário (gasto da água), quer a nível de saúde, quer a nível de eficácia e rapidez... algo a ponderar em breve! Por enquanto ainda tenho papel higiénico de uma troca que fiz com um amigo, que trabalha num hotel e traz os restos dos rolos para casa (isto porque não se pode colocar um rolo usado a um novo cliente. Já viram o desperdício?)

Conclusão, o lixo que tenho neste momento é algum papel (porque ainda reutilizo muitas folhinhas de papel), algum plástico de embalagens (arroz, massa, queijo, manteiga, leite, etc) e claro, os restos de comida. Vidro, quase que não uso... ou se uso, é para ir reutilizando! Pilhas, nem pensar! E por isso, a maioria do meu lixo, são sem dúvida os restos de comida... Mas disso a fazer um compostor, ainda vai muito!

Eu sei... eu sei... que devia e tal e coiso, mas acho que ainda não estou preparada para ter na minha minúscula cozinha uma caixinha com comida podre (por muito que eu saiba que não cheira a podre, porque já experimentei em tempos e é verdade verdadinha, que não cheira a nada...) e cheia de minhocas!!!!!!!!!!!!!! Eu sei que podia fazer adubo e tudo e tudo e tudo... mas vou ter de ficar mais convencida e também aprender algumas lições sobre compostagem quando for para as comunidades! Neste momento, ter mais umas centenas de bichos a juntar à bicharada cá de casa, seria a modos que complicado. (Já estou a imaginar os meus gatos e a minha cadela a brincar com as belas das "Lumbricus Terrestris") Mas prometo, que um dia o farei!

Acho verdadeiramente incrível a possibilidade de um dia, num futuro próximo, não fazer lixo nenhum, não disperdiçar nada, tudo ser totalmente recuperável! Acho fantástico e um dia serei assim e vos direi, com muito orgulho! Imaginem se todos nós, não fizéssemos lixo?? Que paraíso! :)

A única coisa a lamentar com esta questão da diminuição do lixo é que não vou poder contribuir para a realização de obras de arte, como esta que vêem aqui na imagem. Cusquem o site: http://www.wastelandmovie.com/! É verdadeiramente inspirador como tudo na vida tem um reverso da medalha e como que, com lixo, se pode fazer arte! Esta exposição já esteve no CCB e digo-vos é verdadeiramente espantosa! :)

E quantas vezes dizemos que há pessoas que são "um lixo"??? Não acham que podemos fazer ainda obras mais fantásticas?! Pensem nisso... ;)

2 comentários:

  1. Os hábitos entranham-se-nos na pele e alguns são bem complicados de descolar. Cá para mim estás a dar os passos correctos e um de cada vez, como convém, para não nos atrapalharmos e ainda darmos connosco no chão.

    Mantém o espírito, estás a aprender e a ensinar muita coisa a todos que aqui acompanham o teu percurso!

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  2. Olá Pedro!
    Grata pela força e pela leitura das minhas "baboseiras"... mas é verdade, muitas das vezes e em quase tudo na minha vida quero ser rápida e chegar logo ao cerne da questão, mas não nesta minha transição. Não quero fazer ao sabor do vento, quero senti-la, percebê-la e reflecti-la! Um dia de cada vez... e um dia, serei amiga do compostor! Eheheeeh :)

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