Mais uma noite que dormi ao
relento e hoje sim, descansei. A minha cadela não ladrou uma única vez, pelo que
esteve assegurado que nenhum bicho se aproximou do meu quarto. Comecei a
perceber melhor esta “coisa” de dormir ao relento e é bem bom. O ar corre-nos
na face, ouve-se o vento, os pássaros e os galos pela manhã como se de “stereo”
se tratasse. Comecei a perceber o bom que é oxigenar os pulmões sempre com ar
diferente e não sempre o mesmo ar dentro do mesmo quarto, uma vez que foi desta
forma que o patriarca desta família me explicou a vantagem do “dormir ao
relento”. Tudo correria bem e eu dormiria ao relento até ao fim da minha estadia aqui, não fosse um pequeno
pormenor que me aconteceu no final do dia de hoje. Mas já lá vamos. Agora vamos
ao desenrolar do dia, sim?
De manhã, como ontem e como
“tradição”, dá-se de comer à vaca. Novamente fui ajudar a cortar as plantas
para o alimento da vaca e da mula. Cortou-se também alguns cactos, de nome Opúncia,
os tais, de onde se tiram os figos da Índia (os roxos) e outros amarelos que não sei o nome. (ver mais em http://en.wikipedia.org/wiki/Opuntia) Das folhas dos cactos há mais de
200 utilizações, contudo aqui na quinta em todas as refeições se faz salada de cactos
às tirinhas para se acompanhar com as restantes iguarias. Sempre tinha ouvido
falar muito bem do Aloé Vera, mas deste eu desconhecia e pelos vistos faz bem a
uma data de coisas. A vaca também gosta do cacto, contudo, nós damos-lhe as
folhas que estão mais velhas e secas, aquelas que nós não comemos.
Da parte da manhã, voltei a estar
com as crianças da família. Desta vez, estive a ensinar a fazer bordados. Dos
que me lembrava da minha avó e mãe, ensinei o ponto a cheio, o
meio-ponto e o ponto de cruz. Aprenderam super rápido. Estes miúdos são super
espertos! J
Depois foi a vez deles me ensinarem a mim e assim sendo, ensinaram-me a fazer
umas estrelas em lã, com uns pauzinhos que apanharam da natureza. Ora vejam lá na foto do post de hoje se não estão lindas?! Comecei logo a pensar em decorar a minha árvore de Natal
só assim! Giro, não?
Da parte da tarde, o patriarca da
família pediu-me se eu podia dar uma ajuda a formatar um documento feito por ele e
já outrora traduzido por uma portuguesa, sobre o estilo de vida, aqui da
quinta. Claro que aceitei! Assim, a partir de agora as minhas tardes serão a
formatar o documento e a traduzir uma parte que a tal portuguesa não chegou a
traduzir. Claro que vou precisar do meu amigo Google Translate para esta
situação, mas tudo se fará, de certo! O documento intitula-se: “Comer e viver
naturalmente: sete regras para viver na Natureza com sucesso” e amanhã falarei
melhor sobre ele!
E pronto... agora que finalizei o
meu post de hoje, no interior no meu carro e às escuras, vou dormir neste
“chão” bem duro, pois não tive tempo para encher o meu colchão de ar... talvez
o encha amanhã!!!
Olá Andresa,
ResponderEliminarSe não me engano, é uma cobra rateira cuja missão era proteger a Andresa dos roedores que vão visitar meninas que dormem ao relento :))
Miguel Santos
Quem não sabe, é como quem não vê.... eheheh... E ainda bem que também não vi roedores!!! Ahahaha... :)
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