sexta-feira, 27 de junho de 2014

As trocas pegam-se... o espírito belivador anda aí! :)

Há muito que digo que as "ideias não são de ninguém" andam por aí e são aproveitadas por quem está mais atento... Einstein também dizia isso... Bem, ele disse antes de mim e eu é que segui as pisadas! :) Mas é verdade... tal como a história dos 101 macacos... (podiam ser 111, mas não... são 101 porque é mais 1 do que o total, ou seja, os 100%) os costumes, as ideias, os novos comportamentos primeiro estranham-se e depois entranham-se! Claro que há um tempo para tudo... e nem todas as modas pegam em todas as alturas, mas quando é para "pegar" é uma maravilha!

Mas de que vos quero falar eu hoje?! Das pessoas belivadoras que andam para aí! Aquelas que vivem de forma mais simples, com menos dinheiro, fazendo trocas e vivendo de dádivas, sendo ecológicas com mais cuidado com o ambiente e com os seres humanos... E hoje lembrei-me disto, porque desde ontem toda a gente me fala da Greta, uma jornalista alemã que viveu 1 ano SEM DINHEIRO, utilizando o que a sociedade dispõe, como desperdício! (ver mais aqui http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3990441&seccao=Europa)
Temos também o caso de outra alemã, que vive há mais de 16 anos sem dinheiro, excepto o dinheiro que lhe pagam para se transportar de comboio (ver mais em http://www.dn.pt/inicio/pessoas/interior.aspx?content_id=2704449).
E de uma familia alemã que faz greve ao consumo do dinheiro para uma vida mais saudável (ver mais em http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/blog-da-redacao/familia-fellmer-greve-dinheiro-protesto-consumo-excessivo/)
Ou o tão conhecido "Homem sem dinheiro", que iniciou toda a sua vida com bens de uma vida com dinheiro... e depois vendeu um livro por dinheiro, para comprar um terreno (ver mais http://www.hypeness.com.br/2013/10/a-historia-do-homem-que-decidiu-viver-sem-dinheiro/)
E ainda a família que tentou não ter impacto ambiental, os "No impact man" (ver mais em http://noimpactman.typepad.com/)
E a rapariga que durante 1 ano, experimentou 365 novas experiências ecológicas (ver mais em http://vfarquharson.com/book/)
Incrivel, né? E imaginem a quantidade de pessoas que ainda deve haver no mundo assim?!!?

Pois, é fácil viver sem dinheiro, se tivermos uma vida muito dedicada a "sobras", vida alternativas onde se vive como ocupas ou onde se come de respiganço... O difícil, difícil é viver nesta sociedade sem dinheiro e tendo os mesmos luxos: andar de transportes públicos, comer comida biológica e saudável, ter hobbies citadinos ou até ter roupa nova em cada estação do ano! Claro que nada disto é possível... ou até é... e depende do que queremos para a nossa vida... :)

Também eu experimentei um pouco desta vida: uma vida de sobras, de restos daqui e dacolá, de coachsurfing, respiganço, freeganismo e woofing, mas o que é verdade verdadinha, é que nem todos poderíamos viver assim... Não é humanamente possível... pois para sermos freegans alguém tem de "desperdiçar" comida, para vivermos de woofing, alguém tem de ter uma quinta., etc etc... Por isso, para mim, pode ser uma forma de viver temporariamente, até haver equilibrio entre os modos de viver, mas a vida mesmo saudável, a vida mais simples, igualitária e de partilha... ou seja, uma vida comunitária!

Por isso, estive a pensar depois de ler e de saber todos estes casos de belivadores espalhados um pouco por todo o mundo... e penso que a grande diferença entre eu e eles, é que eu quero continuar na vida citadina, com todas as condições que sempre tive, com a qualidade de vida que me sinto bem, sem muitas restrições... mas vivendo numa vida não dependente do dinheiro, do consumismo desenfregado ou do capitalismo ganancioso. Uma vida com qualidade, com peso e medida! Sim, porque eu acredito numa vida "normal", "moderna", citadina com trocas, dádivas e partilhas... onde o dinheiro não é "A" prioridade ou o "FIM" mas sim o meio para o fim... o fim de um mundo melhor!

Ainda estou longe... ainda não faço trocas com o metro... com a electricidade, com o gás e a água... mas já faço com o comboio, com a junta de freguesia, com o dentista, com a nutricionista, com a empresa que tem comida para a minha cadela, com o supermercado biológico que me alimenta... É um dia de cada vez... um pequeno passo para o mundo... um grande para a humanidade... será? Será? Ou será utopia?

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