sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Lágrimas por aí...

Ultimamente dou por mim, a lançar lágrimas... mas daquelas de contentamento ou emoção, assim do nada. Aconteceu-me a primeira vez, há dois anos, no Festival do Avante, quando vi chorar a vocalista do "Amor Electro", quando se emocionou a cantar a música: "A máquina parou" com a sua filha no palco. Foi um momento lindo e único! E dei por mim, no meio de uma multidão de gente a pular e a cantar e eu a chorar de emoção a ver uma cantora, no meio da sua humildade como ser humano a emocionar-se em cima de um palco. Nesse dia, pensei que um dia estaria assim num palco com tanta gente, para que um dia também eu me emociona-se. É verdade, ultimamente dou por mim nestas "figurinhas" como se chorar fosse um prolongamento de mim, tal como o rir o é.

Hoje foi mais um desse dias, numa palestra de Pedro Elias, no Instituto "Quiron" no lançamento da 2.ª edição do livro "Murmúrios de um tempo anunciado". Já li os livros do Pedro, todinhos! Comecei pela "Janelas de dois mundos" (livro 2) depois a "Chave de Andrómeda" (livro 3) e por fim, este "Murmúrios de um tempo anunciado" (livro 1) e sei que já há um "livro 4" escrito e a ser editado em breve. Quando comecei a ler os livros, era um tipo de assunto que não entendia, porque eram livros que aconteciam em vários tempos e/ou dimensões, mas a história de amor por detrás ou pelo meio do livro, fazia-me vibrar e quase que acreditar, que eu já tinha sido uma daquelas personagens... (Podem ver todos os livros aqui: http://www.anuea.org/livros.html)

Todos os livros falam de Portugal, da "descoberta" actual de Portugal e de como o nosso país tem uma função no despertar do mundo... tal como Fernando Pessoa, Agostinho da Silva ou Camões diziam... E por isso, estes livros também me interessaram tanto. Contudo, hoje, na palestra de apresentação da re-edição foi muito importante, ouvir o autor do livro a falar de como sente este livro e de como ele se traduz para ele... E foi muito importante ouvi-lo falar de uma data de coisas que não teve outra resposta da minha parte, do que, lágrimas nos olhos e lágrimas a escorrerem pela minha cara... de emoção... de comoção... e de um sentimento "enorme", universal e lindo... que é o entendimento entre seres, que se pode traduzir em energia, empatia ou amor... Chamem o que quiserem... mas isso, realmente não interessa nada! 

E por isso, vou transcrever algumas das frases que o Pedro referiu... e que me fizeram sentir, estes sentimentos que atrás vou contei:

"Quando não tivermos certos e errados, somos verdadeiramente livres. Quando não colocarmos etiquetas, somos livres."
"Só sendo livres, podemos amar incondicionalmente sem esforço, porque tudo é normal."
"Os caminhos certos são a construção da mente do homem, consoante os seus interesses e culturas. Não são reais! Se eu sigo os caminhos certos, eu não sou livre. Eu tenho de seguir o caminho verdadeiro."
"O caminho da vida é aquele que ela me dá a cada instante. Não é certo nem errado, bom nem mau... É vivo e real!
"O amor passa para além do bem e do mau. O amor não divide. Não há bom e mau. Não há certo ou errado. O amor é tudo! É uno!"
"Podemos ser livres numa ditadura... Podemos não ser livres numa democracia. O estado de liberdade é interno. É verdadeiro, de amor!"
"O certo e errado é uma prisão. Não há liberdade! Logo aí o amor não flui, porque há divisão."

Dá que pensar, não!?!?... E emociona-se com isto, não é!? Claro que quando se refere que o bem e o mau não existe e o certo e errado também não... não estamos a falar do bem e mal que vimos e que, consoante a nossa cultura o definimos como bem e mal ou certo e errado. O que isto quer dizer, é que quando somos nós verdadeiramente, sem o ego inflamado e a pensar/sentir/agir com a alma ou coração... aí sim, somos genuínos e não há essa divisão, porque "somos nós verdadeiramente"! Enquanto não nos descobrimos como seres que somos, mais do que esta carapaça que nos colocam e nós usamos e deixamos, aí sim, há muito bem e mal... há muito certo e errado... há muita divisão! Porque ainda não somos unos, nem iluminados, nem seres perfeitos.

Com esta palestra pus-me a pensar que afinal de contas o que eu quero não é ser 111% feliz no final de tudo. O que eu quero, é ser livre... sendo livre, sou feliz... sendo livre, eu sou tudo! Ou seja: EU SOU!

http://www.youtube.com/watch?v=tnBccuIDTTw

Sem comentários:

Enviar um comentário

Obrigada pelo seu contacto! Responderei o mais breve possível.