domingo, 12 de agosto de 2012

So(m)brinha do tio

Amanhã lá vou eu para a 7.ª comunidade, mas enquanto vou e não vou, decidi, a caminho dela, passar pela casa dos meus tios, em Constância. Ora aqui está uma localidade que podia viver por uns tempos. Nas margens do rio Zêzere, é dos sítios onde mais gosto de estar. Sentada num local específico das margens, ao pé de uma escadaria, sinto-me em paz. Adoro para lá ir meditar na vidinha e passear a minha cadela e foi isso que fiz hoje, logo de manhãzinha. Fantástico!

Vou ficar por cá dois dias, digo, duas noites. Num ano atribulado como o meu, que apesar de não ter férias, estou sempre de férias, mas cansada, também é bom aterrar num sítio onde cuidem de nós e nos sintamos em casa. Aqui, mais do que me sentir em casa, também me sinto "em restaurante" e como que nem uma maluca. A começar no queijo fresco de cabra com azeite e malagueta logo de manhã, ao pequeno-almoço, o Pleno fresquinho que adoro, seguido de um belo almoço com esparregado, batatas fritas e lombo assado com maçã e para terminar um espera-maridos, que de longe é a sobremesa mais fantasticamente enjoativa que conheço e adoro. (Para quem não sabe o que é, é tipo, Dom Rodrigo do Algarve... um must!) Até parece mal, uma moçoila como eu que anda quase vegan, a comer comida saudável, a comer fruta e legumes pelas comunidades fora, chegar aqui e "desgraçar-se". Mas pronto, é assim a vida e dias não são dias. E se isto fossem as únicas excepções da minha vida, andava eu muito bem.

Tudo isto para vos fazer água na boca, mas também para pôr-me para aqui a divagar sobre o relacionamento que estabelecemos com a família e os amigos. Com a família e amigos verdadeiros, não há o termo "troca". O que uma mão dá, a outra aceita. E depois a outra dá e a outra aceita. Não se espera nada, dá-se e pronto, porque se quer ver feliz o outro! E era assim que todos no mundo nos devíamos tratar, como uma grande família... como amigos próximos, porque na verdade todos somos um. Claro que isto parece a modos que utópico, eu sei! Mas a verdade é que se eu der o que tenho a mais, mais tarde ou mais cedo irei também receber de quem tem a mais, porque vamos tendo sempre a mais para dar. A questão aqui, é que chega a um ponto e pára... o que há a mais para alguns, fica estacionado naquelas pessoas e não circula... e por isso, começam as desigualdades. Se todos fossemos tratados como família, se tivéssemos confiança no dia de amanhã, não viveríamos com o stress de guardar para o futuro, pelo seguro, com medo disto e daquilo, porque o que é certo é que haveria sempre.

Cá na casa dos meus tios... há "o" sempre! Eu sou sempre a "sombrinha", que tão carinhosamente o meu tio me chama, história que remota de quando eu era pequenina e ao ouvir o meu tio, chamar-me de "sobrinha", eu dizia: "Tio, eu não me chamo sombrinha, o meu nome é Andresa!" Sempre fui muito respondona, graças a Deus... ehehehe... E pronto, aqui há "o" sempre do sempre... além da comidinha fantástica, que é remédio para a minha alma (porque o restaurante se chama Remédio d'Alma https://www.facebook.com/pages/Rem%C3%A9dio-dAlma/273060882750233?ref=ts) há também, escuta, abraços e sorrisos. Enfim, casa!

Menina... sombrinha... http://www.youtube.com/watch?v=uMkxT2n0D8c&feature=related

1 comentário:

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