A rotina aqui nesta comunidade é quase inexistente, porque
simplicidade que se preze deve ser mesmo fluída, sem grandes planos e ao sabor
do vento, que por vezes, aqui por estes lados, é muito. Contudo, há algumas
balizas para o meu dia-a-dia no simplex.
Ora aqui vão:
9h: Acordar. Bem, a bem verdade é que eu não acordo às 9h, acordo
com o sol e por isso, entre as 7h30 e as 8h já estou a começar a bocejar e a
olhar para a minha cadela que como sempre passou a noite super quietinha no
fundo da tenda, como se de uma pessoa se tratasse. Assim, até às 9h leio o
livro que aqui iniciei e que penso estar bastante adequado ao espaço,
intitulado “Dormir nú é ecológico.” Já vos falei aqui no blog dele.
9h30/10h: Fazer e tomar o pequeno-almoço. De entre as
ofertas variadas, gosto muito de comer uma torrada com manteiga e/ou paio ou às
vezes, atrever-me à
manteiga de amendoim, que não degustava desde a minha adolescência e
simplesmente, ADORO!
10h/10h30: Pausa no lounge para últimas conversas da
manhã e começar a pensar o que se fará a nível de trabalho da parte da manhã.
10h30/13h: Regar a horta, pelo menos de 2 em 2 dias é a
tarefa habitual e frequente, depois, quanto às outras tarefas, faz-se de tudo um pouco. Contudo, com o calor que se faz por estes lados é muito difícil trabalhar-se muito tempo numa tarefa, porque o sol é tramado. Hoje foi dia de dividir uns arbustos que foram apanhados no campo, entre
pauzinhos pequeninos para trabalhos vários, pauzinhos médios para o futuro
fogão-foguete e pauzinhos grandes para fogueiras.
13h/14h: Fazer o almoço e almoçar. As refeições aqui são sobretudo à base
de muitos legumes, acompanhados de arroz, batatas ou massa. Adoro!!! Contudo, não são vegetarianas puras!
14h/17h: Lavar a
loiça e pausa no lounge para se pensar o que se fará da parte da tarde.
17h/19h: Tarefa da tarde.
19h/21h: Fazer o jantar, jantar e lavar a loiça.
21h: Tempo livre. Aproveito para escrever no meu blog,
quando não tenho acesso à net durante o dia e depois leio o segundo livro que
iniciei aqui e que também acho bastante apropriado para esta comunidade: “O
monge que vendeu o seu ferrari.”
Hoje, da parte da tarde, foi um dia diferente no que toca às
tarefas. Fizémos uns desenhos no chão com pedras, para que futuramente sejam
semeadas sementeiras e pequenos arbustos. (Vejam na foto) Depois, e porque às 4as feiras, a 1 km
daqui há um mercadinho de produtos biológicos de vários produtores da zona, a nível familiar fazem-se algumas vendas dos produtos que tiveram em
excesso da semana e por isso, fomos lá fazer umas comprinhas. No caminho, que se fez a pé,
ainda vi uma paisagem muito bonita e também uns sobreiros que têm mais de 300
anos... verdadeiramente LINDOS!!! Não dá para imaginar, nem sequer com a ajuda
da foto, a magnitude e a energia que eles transmitem. (Não sei se conseguem ver que no tronco do sombreiro estou lá eu e como ponto preto no meio da terra está a minha cadela, Azeitona!)
Hoje apanhei muito sol... e como não estou habituada apanhei
um belo de um escaldão nos abraços, à estilo camionista e também na
moleirinha... por isso, fiquei com uma dor de tola, que nem vos digo, nem vos
conto. Tive de estar um bocadinho sossegadita à sombra de uma oliveira a tentar
arrefecer os miolos que já estavam a fumegar... Aqui o sol não está para
brincadeiras! Não mesmo!
Como trocadilho, entre sol, sombreiro e sombrero... aqui fica a musiquinha de hoje: http://www.youtube.com/watch?v=w1AuOUmofl4
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