domingo, 1 de julho de 2012

Mãos à obra


Hoje, devido a questões pessoais tive de viajar prós lados de Coimbra. Até calhou bem porque amanhã vou começar mais uma semana na minha quarta comunidade, para os lados de Benfeita.

Entre Coimbra e Benfeita existe uma vila chamada Arganil, onde vive uma belivadora que há uns tempos me contactou, por estar muito feliz em conhecer o projecto. Mas melhor do que isso, além de gostar do projecto e ir às feiras de trocas de Coimbra, arriscou-se, arregaçou as mangas e pôs mãos à obra, numa ideia que ela já havia tido, mas nunca tinha tido coragem de pôr em prática. Ela diz, que o Believe a inspirou e lhe deu coragem para ir em frente nesta ideia antiga, mas que se dúvida é muito belivadora. Um encontro de partilha de saberes, ou seja, troca de saberes entre as pessoas da sua zona de residência, intitulado “Mãos à obra” e que hoje se realizou numa loja que não estava alugada, perto do seu cabeleireiro.

A esta iniciativa foram umas 50 pessoas envolvidas, de todas as idades e feitios (como eu costumo dizer), levando os seus dons e ensinando um pouco às pessoas interessadas. Os trabalhos artesanais predominaram, tais como: bijuteria, pinturas, estanho, técnica do guardanapo, candeeiros com cápsulas nespresso, entre outros. Além desta partilha, houve também um momento de dança, ofertado por um grupo de jovens da zona, para entretenimento do evento.

Outros pormenores, tais como, elaboração de nectares, na sequência de cada pessoa levar 2 peças de fruta; um mural de papel de cenário para as crianças desenharem; questionários avaliativos da feira; todos irem vestidos de azul e pins com o nome do evento, feitos de cápsulas nespresso, foram sem dúvida uma marca diferente e belivadora para a concretização deste evento.

Quando perguntei a esta belivadora se a organização do evento tinha sido trabalhoso, disse-me: “Não. Fiz quase tudo à troca: troquei um corte de cabelo por me fazerem o cartaz, depois foi só imprimir. Pedi a loja emprestada ao meu vizinho. Divulguei no facebook e aos amigos. E hoje antes de começar limpei o espaço. Cada pessoa tratou da sua própria banca e deixou tudo arrumado. Se cada um fizer a sua parte... é fácil.”

E isto é o Believe! Quando me perguntam o que é o Believe muitas vezes não sei explicar muito bem o que é... porque o Believe é mais do que feiras de trocas, do que de grupos de trocas no facebook ou viver com 1111€ durante 1 ano, 11 dias, 11 horas e 1 minuto... O  Believe pode pura e simplesmente ser inspiração azul para arriscar e ter coragem de fazer o que nunca se fez. Trocar as voltas à vida. Trocar saberes. Trocar técnicas. Trocar contactos. Trocar... E é assim que as coisas se fazem... e é assim, que o mundo vai ficando azul!

...

Já agora por falar em 11... tenho de vos contar isto, que foi muito engraçado... J Estava eu a caminho de Arganil, vinda de Coimbra e parei para pedir orientações numa povoação chamada Vila Nova de Poiares. Do meu lado esquerdo, vejo a serra da Lousã, da qual já aqui falei, muito pertinho de mim e por isso, tive curiosidade de saber a que distância estava dela. Então, na sequência do meu pedido de ajuda a um senhor que passava na rua, perguntei também quantos kilómetros eram para a Lousã. O senhor olha para mim e diz-me muito assertivamente: “11.” Eu agradeci e pensei: “Realmente, Andresa, porque é que fazes perguntas tontas quando sabes as respostas.” ;)

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