quarta-feira, 9 de maio de 2012

Último dia nas AMOReiras

Bem... hoje foi o último dia na Aldeia. Lá acabei as minhas tarefas na contribuição do sonho da aldeia e deixei o trabalhinho o máximo adiantado possível, para os estagiários que comigo faziam equipa, nesta preparação do sonho. Se vai ser ou não realizado, só saberemos lá para Outubro!

Venho muito triste apenas e só... porque não provei amoras! O pessoal bem me avisou que amoras só em Julho ou Agosto, mas eu, nos meus sonhos, achava que podia encontrar umas amorazinhas, nem que fossem silvrestres! Ah pois é!!! É que eu julgava que só havia amoras silvestres, mas não... há amoras em árvores que são o dobro das outras, mas lamentavelmente não vos posso mostrar o tamanho, porque também não as vi, nem as comi! L

Venho sem AMORas na barriga, mas venho com muito AMOR na alma, o que é quase a mesma coisa!!! Os habitantes da aldeia são um mimo: os ovos de múltiplas gemas, os pepinos, os sorrisos, os abraços, as amêndoas da Páscoa, as minhas calças de gangas sersilhadas e a minha camisa branca (que levo aos programas de televisão) cosida, o pão caseiro, os doces de gila, a minha “colega” inglesa a aprender português comigo e eu a aprender inglês com ela, o meu “colega” peruano que me apresentou a Paula Fernandes, na bela música Sensações e que eu ouvi umas 11 vezes por dia... (ver em http://www.youtube.com/watch?v=-BWit9kFJUQ) bem... um sem fim de boas recordações! Venho muito preenchida!

Vejam as fotos de hoje!
Na primeira foto em cima, o pessoal do Centro da Convergência e dois dos estagiários que fizeram equipa comigo no sonho e a cadela que sempre me acompanhou dia-a-dia, a Rosita!
Na segunda foto em cima, o meu “colega” peruano e a minha “colega” inglesa ao pé do lindo jardim de flores do Centro de Convergência, com papoilas cor-de-rosa e lilases (coisa que nunca tinha visto).
Na primeira foto em baixo, apresento-vos o duche que fui hoje conhecer. Como vos disse ontem, hoje ia ver de um duche engraçado que há na aldeia. E conheci! Ora, do lado esquerdo da foto, a grelha de madeira tem restos de tudo e mais um par de botas e uma mangueira preta enrolada debaixo desse “entulho” todo, de 100 metros de comprimento, que através da exposição ao sol, aquece a água que está dentro da mangueira e que por sua vez, vai até ao chuveiro, que está do lado directo com canas na vertical.
Na segunda foto, é o centro de tanques, onde as pessoas da aldeia vão lavar as suas roupas. Nas paredes foram feitas umas pinturas, intituladas de BD a fresco (ver mais em http://centrodeconvergencia.wordpress.com/bd-a-fresco/) retratando momentos das vivências da aldeia. Uma iniciativa muito gira de se ver...

E pronto, foi assim a vida! Mais uma comunidade, mais uma volta a casa, que também é bom retornar e matar as saudades da bicharada lá de casa, com os belivadores incluídos, claro!!! Adoro essas "bichezas"! 

E agora, um dos meus vídeos preferidos, que só não é o suprassumo da barbatana porque não é o meu gato! LooooL... http://www.youtube.com/watch?v=l9SUQVFhAFs

4 comentários:

  1. Olá Andresa,
    Venho a acompanhar o seu percurso quase desde o início do seu projecto e, tenho-o feito com bastante interesse, porque acho que pode ser um grande exemplo para muitas pessoas, começarem a perceber que existem alternativas ao modelo sócio-económico instituído.
    Parece-me que aproveitou melhor a vivência nesta comunidade da Aldeia das Amoreiras do que em Tamera. Gostei do que nos contou sobre as comunidades mas gostaria de saber mais acerca de como as pessoas vivem, como se sustentam, qual a relação delas com o dinheiro, uma vez que essa é o grande mote do seu projecto.
    Bem haja.
    Um abraço.
    Sofia

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    1. Olá Sofia!
      Grata pelo seu comentário!
      Realmente penso que em Tamera, precisei de um tempo para fazer a transição da cidade para o campo e precisei de me "afastar" para me equilibrar... talvez por isso tenha usufruído melhor da Aldeia das Amoreiras.
      Quanto ao facto de como as pessoas vivem e se sustentam, o que percebi foi:
      Tamera - há algumas hortas de permacultura que talvez seja a sustentabilidade de Tamera enquanto não há eventos. Depois há os eventos que são pagos, tais como: universidades, cursos, dias abertos, simpósios e julgo que é daí que vem a maioria da sustentabilidade monetária.
      Aldeia das Amoreiras - é uma aldeia portuguesa normal, onde as pessoas trabalham e têm os seus ordenados, mas cada pessoa tem a sua horta, e consegue subsistir muito bem ao nível da alimentação e fazer "trocas" entre os habitantes quando há necessidades várias. Mas julgo que ao nível da alimentação as pessoas estão mais ou menos asseguradas, faltando apenas alimentos que não conseguem plantar ou ter, como arroz, massa, farináceos, detergentes, entre outros.
      Espero que tenha sido explícita!
      Grata*

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  2. Olá!
    Precisava de lhe enviar umas páginas por mail.
    Obrigada
    Laurinda Ferreira

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    1. Olá Laurinda!
      Envie para andrezuskasalgueirix@gmail.com
      Grata*
      Andresa

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Obrigada pelo seu contacto! Responderei o mais breve possível.