quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

E como ficámos de euros afinal?

Feitas as contas à data de hoje (se bem que ainda tenho 3 dias para gastar mais alguns euros) ainda tenho dos meus 1111€, nada mais nada menos do que 141,71€ , sendo que gastei durante 1 ano e 9 dias a módica quantia de 969,29€.

Tenho de vos dizer que estes dois últimos meses foram os mais consumistas de todos... Não sei se por estar no fim e perceber que ainda tinha algum dinheiro para gastar... Se por já estar com vontade de comprar algumas coisas para comer, diferentes das que tenho vindo a comer. Por exemplo, tenho comprado algumas batatas doces e alguma fruta, coisa que não tinha feito durante o ano. Mas pronto, dias não são dias!

Então para que saibam aqui vão as contas todinhas até ao dia de hoje:
Dezembro 2011 - 0€
Janeiro 2012 - 62,14€
Fevereiro 2012 - 117,76€
Março 2012 - 14,04€
Abril 2012 - 115,86€
Maio 2012 - 163,02€
Junho 2012 - 63,83€
Julho 2012 - 43,51€
Agosto 2012 - 30,72€
Setembro 2012 - 34,87€
Outubro 2012 - 48,97€
Novembro 2012 - 123,59€
Dezembro 2012 - 150,98€

É de verificar que o mês de Maio foi o que gastei mais dinheiro, porque paguei o selo do carro que foi 128€. Em Dezembro também tive uma despesa grande que foram os 60€ de dois pneus usados, já que rebentei um dos pneus do meu carro há poucos dias. Tal como vos disse inicialmente, Novembro e Dezembro foram meses em que gastei mais porque comprei alguma comida e gastei mais em transportes públicos, porque emprestei o meu carro à troca entre Outubro e Dezembro e nestes meses, tive muitas reuniões e palestras, que me fizeram deslocar a Lisboa de transportes. 

Dentro das despesas, tive algumas despesas fixas das contas mensais, como água, luz e gás até ao mês de Abril e o seguro do carro todo o ano. Este foi o meu maior gasto, de nada mais nada menos do que 176,42€.

Como despesas pontuais tive: a fechadura da minha casa, na sequência do assalto ao meu carro ficando sem as chaves de casa (46€); os dois pneus usados (60€); uma torneira que se estragou na wc e não consegui "comprá-la" com os pontos da BP no Aki (9,90€); alguma comida (68,23€); carregamento do meu telemóvel quando não consegui ter saldo mediante as chamadas que recebi (17,50€); transportes públicos (80,65€); algum gasóleo quando não consegui trocar com o empréstimo do meu carro (53,06€); compra de dois jornais onde saíram entrevistas minhas (3€): comida de gato que não consegui trocar a tempo (2,80€): peça de teatro (11€); carta que enviei para a comunidade "One Love Family" com os posts do meu blog (1,32€); algumas portagens que não consegui suprimir, especialmente a Ponte 25 de Abril (7,35€); tampões e pensos higiénicos que não tive tempo para trocar (5,59€); medicamento para o dente do siso (3,35€) e por fim, o totoloto que fiz a meias com a minha hóspede na tentativa de ter forma de pagar o meu carro, que é a única coisa que me impede de viver de trocas a partir daqui (0,45€). (Pena que não saiu dinheiro nenhum e continuo com o mesmo "problema"!)

No final disto tudo, a coisa mais cara que comprei foi mesmo o selo do meu carro (128€) e a coisa mais barata que comprei foi um chocolate (0,49€) para colocar numas panquecas que fiz há uns dias.

É engraçado ver como gastei mais no final do projecto do que no início, não porque não saiba poupar, mas porque como vi que me ia sobrar dinheiro, fiquei mais tranquila e a partir de Outubro comecei a comprar coisas, sem me dar muito ao trabalho de as trocar. É verdade que o dinheiro nos facilita a vida, nos dá tempo para outras coisas e nos deixa mais livres de escolha. Tudo isso é verdade! Contudo, também é verdade, que nos aprisiona a um estilo de vida que achamos que é o melhor, caso tenhamos mais coisas ou compremos mais coisas ou escolhamos as coisas mais caras ou mais na moda. A questão é que para termos dinheiro, geralmente temos de trabalhar e aí gastamos ainda mais tempo, do que o tempo que precisamos para trocar. 

Não há problema nenhum com o dinheiro, o problema é o valor que damos a ele, o uso a que lhe damos e a importância que ele tem nas nossas vidas.

...

Acho que só agora é que me está a cair a moeda que vou ficar com 141,71€ por tempo indeterminado. Agora sim, a partir daqui, se continuar sem trabalhar e sem ter rendimentos, vou viver mesmo à troca... Ou melhor, ainda mais à troca! LooooL... O que me descansa neste momento é que continuo com a hóspede cá em casa, o que assegura os pagamentos das contas mensais... Contudo, vou precisar de arranjar solução para o seguro do carro e para as prestações do mesmo. Tudo o resto, vai-se arranjando: comida, detergentes, produtos de beleza... 

Bem sem stress, penso em tudo isso depois do mundo acabar!!! Eehehhehehe... 

4 comentários:

  1. mesmo assim não foi possível viveres sem dinheiro

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    1. ... a ideia nunca foi viver sem dinheiro, mas sim, viver com 1111€ durante 1 ano, 11 dias, 11 horas e 1 minuto. Viver "quase" sem dinheiro vai ser daqui para a frente... eheheh... vai ser lindo, vai! ;)

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    2. Gosto da sua ideia, embora não tenha planos para a pôr em prática, esse projeto lembra-nos que há vida para além do dinheiro e que necessitamos de gerir melhor os nosso recursos.
      Não sou rico mas gostava de contribuir com algum dinheiro como forma de investimento nesse seu projeto de trocas. Por exemplo, uma qualquer infrastrutura (barata) que permitisse maior exequibilidade do projeto. Por exemplo: construir uma horta caseira, produção de flores na varanda, sei lá se tiver uma ideia diga-me, talvez a possa ajudar.
      o meu email é constalves@gmail.com o meu nome é Constantino Alves (Leiria)

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    3. Olá Constantino!!!
      Fiquei muito sensibilizada com a sua oferta e adorei a ideia, mas não sei como a por em prática. Contudo, vou enviar-lhe um email, sim?
      Grata! *

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Obrigada pelo seu contacto! Responderei o mais breve possível.