quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Chapéu roxo in english

Pois o que gosto mesmo é de Portugal e da língua portuguesa. A bem dizer também gosto imenso de ouvir italiano, francês e espanhol... ou até mesmo mandarim e gostava muito de saber entender e falar mais línguas. Mas daí ao saber... vai muito!

Às vezes, dizem-me que eu devia aprender pelo menos melhor o inglês, porque com a internacionalização do meu projecto, vou precisar mesmo. Eu digo sempre na brincadeira, que se precisar falarei sempre em português, pois é uma forma de divulgar a língua portuguesa pelo mundo. O que é facto é que com esta brincadeira toda, já dei umas 4 ou 5 entrevistas em inglês, mas sempre de forma "privada", sujeita a alterações gramaticais, pelas entrevistadoras no posterior da entrevista. O que nunca me tinha acontecido mesmo, era esta "coisa" de ser filmada em directo e a cores, com tudinho em inglês, assim de uma rajada só, como se eu fosse nativa da língua inglesa.

E pois bem, como vos disse num post anterior, num dia lá da loja de trocas, apareceram-me por ali a dentro umas raparigas que se interessaram pelo meu projecto e que fizeram questão de me fazer uma entrevista e umas perguntinhas sobre a minha vida... mas em inglês! 

O resultado está à vista e por muito que eu mais ou menos, perceba o vocabulário e mais ou menos tenha um vocabulário para ir dizendo umas coisas, a verdade verdadinha é que a minha construção verbal é das piores que há!

Contudo, o que vos quero dizer é que no meio de tanta asneirada que disse, ainda me deu para rir... rir da situação e de mim e como se não bastasse, ainda me apeteceu divulgar esta entrevista, que talvez tenha sido das mais "maluquinhas" (por falta de vocabulário) que eu dei. 

O que é facto é que me pus a pensar que até me divirto e rio bastante com a noção que tenho de mim e com as minhas falhas e isso é algo que faço cada vez mais com uma força tão grande e uma serenidade tão grande, que me faz realmente gostar cada vez mais de mim, aceitar as minhas dificuldades e rir para não chorar! Isso faz-me lembrar um texto delicioso que uma vez li e que é sem dúvida uns dos meus preferidos que se intitula de "O chapéu roxo". Roxo é apenas e só a minha cor preferida, aquela que verdadeiramente, enquanto pessoa, me sinto bem, apesar da cor do meu projecto ser azul! Mas o roxo, não sei porquê dá-me uma força fantástica!!!... E este texto é daquelas coisas que me faz pensar que realmente devemos aproveitar cada vez mais a vida.

Aqui vai o texto transcrito, do Mário Quintana:
"Aos 3 anos: Se olha no espelho e vê uma rainha!
Aos 8 anos: Se olha no espelho e vê a Cinderela ou a Bela Adormecida!
Aos 15 anos: Se olha no espelho e se vê como a Cinderela do Tchan e se está na TPM vê gordura, espinhas, cabelo espigado ("Mãe, me ajuda, como vou sair com essa cara horrorosa?")
Aos 25 anos: Se olha no espelho e se vê muito magra ou muito gorda ou muito alta ou
muito baixa ou tem muito peito, pouco rabo, mas diz: “dane-se” e decide sair para trabalhar assim mesmo.
Aos 35 anos: Se olha no espelho e se vê muito magra ou muito gorda ou muito alta ou muito baixa ou muito peito ou pouco rabo ou cabelos brancos, mas não tem tempo para consertar tudo e sai para jantar com o marido assim mesmo.
Aos 45 anos: Se olha no espelho e se vê muito magra ou muito gorda ou muito alta ou muito baixa ou muito peito ou pouco rabo ou cabelos brancos ou cheia de rugas, mas pensa: “Vou marcar uma plástica” e vai para o casamento da filha assim mesmo.
Aos 55 anos: Se olha no espelho e diz: “Estou saudável!” e sai para passar o dia com os netos.
Aos 60 anos: Se olha no espelho e lembra dos amigos que nem com óculos conseguem se olhar no espelho e vai para o Nordeste numa excursão com outras sessentonas.
Aos 70 anos: Se olha no espelho e vê sabedoria, paciência e bom-humor, e vai fazer um curso de história da arte.
Aos 80 anos: Mais do que nunca, adora o que vê no espelho. Coloca um chapéu roxo e vai se divertir pelo mundo!"

E pronto... eu cá ando a colocar o meu chapéu roxo cada vez mais, pelo menos no que toca à língua inglesa! Divirtam-se, sim?

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