terça-feira, 7 de agosto de 2012

Uma Azeitona debaixo de uma oliveira


O sítio onde estou é distríbuido por árvores. Tem sobretudo oliveiras e amendoeiras, mas também outras árvores e arbustes que não sei o nome, pois como sabem, esta minha aventura pela natureza, é recente. Sei-vos dizer contudo, que é bem bonito!

A minha tenda está resguardada por duas oliveiras que me dão algum abrigo das ventanias que por vezes, cá se fazem. Há um outro espaço, que eu chamo do cantinho da meditação, onde hoje à tarde li quase metade do livro “Dormir nú é ecológico”, deitada numa bela esteira azul. Debaixo de oliveiras, é também o sítio preferido da minha cadela Azeitona para se abrigar do sol e do calor que hoje se fez sentir. (ver foto do post).

Uma outra árvore, bem bonita é a amendoeira frondosa que suporta espaço da cozinha, onde as panelas e os tachos se expõem, como se de uma galeria se tratasse, pelos galhos da árvore acima. “Muito bonito! Uma verdadeira instalação!” - diria a minha amiga artista plástica. Dá ares da árvore dos Patafurdios... :)

Ao lado da cozinha, existe um grande bambual verdinho e alto, onde a minha cadela adora explorar de um lado ao outro, como se de uma verdadeira floresta se tratasse e onde também se abriga do sol!

O lounge é o meu local preferido, entre uma oliveira e uma amêndoeira, umas cadeiras baixinhas viradas para o horizonte, onde o sol se põe é sem dúvida um local fantástico, para conversar, ler, escrever, ir ao facebook ou saborear uma bela peça de fruta! Fantástico!

Uma vez que este casal se mudou há pouco tempo para aqui, não há propriamente ainda uma casa, sendo que a casa, ou as divisões dela estão espalhadas pelos recantos do terreno, nestas árvores que vos acabei de contar. Eles têm muita razão quando dizem que a casa não precisa de estar toda junta, pois se uma pessoa tem espaço e terreno, não é necessário propriamente, que as paredes das divisões se colem e que haja mesmo a necessidade de confiar um “apartamento” em 40 m2. Aliás, isso faz-se apenas porque nas cidades há pouco espaço! Assim, a ideia deles é, no futuro, ao irem construíndo a sua casa com técnicas várias de permacultura, possam ir construíndo as divisões espaçadas no terreno de forma a poderem usufruir da natureza, propriamente dita.

Conclusão: aqui não preciso de aspirar o chão à troca ou de limpar o pó, o que é sem dúvida uma vantagem. J

Hoje o dia esteve mesmo muito quente, por isso, as tarefas ficaram um pouco condicionadas, sendo que além das habituais, fazer as refeições, lavar a loiça e regar as plantas, de manhã começou-se a construir um novo compostor com restos de madeira que se encontraram deitados fora, aqui na vizinhança. Bem, o compostor estava a ficar tão lindo e tão grande, que saiu logo um disparate da minha boca: “Que tal fazer um estábulo para um cavalo?”... Eheheheh... só se fosse um pónei de uma Barbie, daqueles azuis com brilhantes, pois, apesar do compostor/estábulo ser grande, o coitado do cavalo se lá vivesse sentir-se-ia quase que dentro de um caixão. A minha segunda ideia foi ser um galinheiro. E pronto, neste momento está a decidir-se se o compostor será um galinheiro ou o galinheiro um compostor. Ehehehe...

De tarde, fez-se uma experiência interessante: uma massa que aplicada em rede de galinheiro poderá ser uma futura parede, para o que se precisar. Os ingredientes são nada mais nada menos do que: 1/10 de cimento, 9/10 de terra e alguma palha cortada aos pedacinhos. Há quem goste de juntar bosta de cavalo para dar um ar mais consistente à coisa. (E admirem-se como eu me admirei, a bosta de cavalo depois de seca não cheira a nada. Fantástico, né?) E voilá, depois é colocada na rede e espera-se que seque até que se possa passar por água para verificar se o cimento fez a sua função! (ver foto do post)

Muito mais haveria a contar, mas há duas coisas que não posso simplesmente deixar por dizer: o cristal desodorizante e o restolho. Ora, o cristal desodorizante (ver mais em http://www.lifenatura.com/produto.asp?IdProduto=348é uma coisa fantástica, talvez a melhor invenção depois da roda. É uma pedra transparente que ao ser molhada se passa por debaixo do braço, não deixando nenhum odor, não sendo anti-transpirante, mas que impede o cheiro “desagradável” de suor. Além de ser bonito, não fazer mal há saúde e dura quase um ano!

O outro assunto é o restolho. E não pensem que o restolho tem a ver com o trigo. Nada disso! O restolho é um bichinho vermelho, mais pequeno que uma pulga que se aloja nos seguintes sítios: umbigo, virilhas e axilas, sendo que dá leves picadas. É um bichinho sobretudo aqui da zona sul e que por mais curiosidade que tenha, não me apetece mesmo nada conhecê-lo, porque sem dúvida prefiro continuar na ignorância visual e sensitiva... Restolho que seja restolho, prefiro de longe este: http://www.youtube.com/watch?v=y6raRduUhaw

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