terça-feira, 15 de maio de 2012

Believe Global

Foto by Marlene
Hoje fui representar o Believe, na Primavera Global! Foi muito, muito bom ter lá passado o dia a trocar impressões com a malta, pintar cartazes com as mãos cheias de tinta azul, comer comida vegetariana feita ao ar livre, dar abraços, ouvir opiniões de pessoas que também querem mudar o mundo, partilhar criatividade de forma ecológica e sustentável, sentir o pessoal com sangue na guelra e gritar aos 4 cantos do mundo que é urgente que todos se unam, etc etc... 

Comecei o dia descalça na relva, a sentir as picadelas das bolinhas com picos que o chão tinha e acabei o dia a não me lembrar de picos ou de coisa alguma, simplesmente a sentir o chão, que tanto me apraz! 

Na Primavera Global houve partilha de projectos, união, debates de ideias, meditação, inter-ajuda e também houve uma assembleia popular que nada mais é, do que dar voz a todas as pessoas que quisessem falar independentemente do que quisessem dizer, sem limites ou regras associadas. Achei esta dinâmica muito interessante! Dar voz ao povo, fazê-lo de igual para igual, abrindo o coração e por vezes ir de encontro (e não "ao encontro") do que o outro diz. Sim, porque também houve muitos "encontros" e alguns "desencontros". 

Por exemplo, o meu contributo nesta assembleia, foi focar a minha opinião sobre como se muda o mundo. Para mim, a única forma de se mudar o mundo, é quando todos nós começarmos por nos mudarmos a nós próprios, quando fazemos diferente, quando não entramos no sistema do "é assim que se faz e não se pode fazer de outra maneira", de sermos o nosso próprio exemplo! Mudamos o mundo quando aceitamos todos e tudo! Não só as raças, mas também todas as religiões, todos os partidos políticos, todas as orientações sexuais e até mesmo, o governo! E acho que foi aqui que me senti "deslocada" desta Primavera que ascende a que seja florida, globalmente! 

Não concordo com manifestações, greve e outras coisas que tais, com a finalidade de mudança de mundo, numa forma de reivindicação! Não acho que seja por aí. Não concordo em andarmos a discutir quem tem culpa disto ou daquilo, quando sem dúvida já podíamos estar com as mãos na massa a fazer alguma coisa pelo mundo, em vez de nos lamentarmos e a apontar o dedo. O estado... somos nós! Não são só as pessoas que trabalham no estado que são o estado, não são só elas que são boas ou más pessoas, ou bons ou maus profissionais, não são só elas que "roubam" ou deixam de roubar... Nós, somos o estado! E este é o nosso estado, no estado a que chegamos! Muitas vezes somos más pessoas porque não compreendemos o outro, porque queremos levar a melhor, porque não ajudamos alguém apenas e só porque queremos ficar na mó de cima. Nós também roubamos, quando fazemos chamadas do emprego às escondidas durante horas e horas a falar sobre a nossa nova camisola de caxemira ou trazemos folhas brancas para casa, para imprimir umas coisitas de pouca importância. Nós também apontamos o dedo ao chefe porque não sabe liderar ou à colega que cumpre o seu trabalho religiosamente e isso para nós, é dar graxa. Muitos exemplos haveria a dar!

O estado está errado? Sim, está errado! Está errado, porque nós somos o estado e nós elegemos o estado, logo também nós estamos errados! E as pessoas que trabalham no estado são más pessoas? Não, não são más pessoas. São seres humanos como nós somos seres humanos em busca de sermos melhores, cometendo muitas asneiras como nós cometemos!... Se isso é ser más pessoas, então nós também somos más pessoas!

Não estou a defender o governo, ou o sistema ou estes ou aqueles... nada disso! Claro que a situação que o nosso país passa não é boa... e não está tudo bem e tudo feliz, e há coisas que se têm de fazer. Algumas da nossa parte, enquanto cidadão individuais, outras feitas pelo próprio estado! Claro que há muita coisa mal... Estou apenas e só a dizer, que todos, todos nós, independentemente do nosso cargo ou profissão, precisamos cada vez mais de pensar em azul, sermos azuis e belivar muito muito muito! Só descanso quando a Assembleia da República estiver toda a belivar e a discutir o novo acordo ortográfico com a nova palavra "Belivamento"! Tenho dito!

7 comentários:

  1. BOM DIA,

    SUBSCREVO ESSE SONHO, E CADA VEZ MAIS,... PELO MENOS ENQUANTO NÃO TIVEREM A INFELIZ IDEIA DE
    TAMBEM INTRODUZIREM ALGUM IMPOSTO.EHEHEHhh..

    ...JÁ AGORA ERA SÓ O QUE FALTAVA.


    BLUE DREAMS PARA O SEU DIA DE HOJE ANDRESA
    ------------------------------------------

    * anonimo passível de ser believeMan um destes dias quem sabe, ehehehehehe...!

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    1. Ahahahah... imposto nos sonhos era uma coisa gira! Como se fazia o "controle" da mente belivadora?
      ;)

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    2. eehhheheh É MELHOR NÃO DAR IDEIAS SENÃO...., ELES AINDA INVENTAM QUALQUER MECANISMO "ESTAPAFÚRDIO"...EHEHE

      * anonimo passível de ser believeMan um destes dias quem sabe, ehehehehehe...!

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    3. Shiuuuuuuu... vamos ficar caladinhos, então!
      Eeheheheh... *

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    4. SONHEMOS ENTÃO EM GRANDE,.. SEM MEDO !!
      Shiuuuuuuuu, ehehhehehehhehe


      * anonimo passível de ser believeMan um destes dias quem sabe, ehehehehehe...!

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  2. Desta vez entendi melhor a sua aversão a manifestações e coisas que tal.
    Por aqui, no meu meio, há muito venho a dizer às pessoas que se o país está assim, é porque não participamos, e até costumo dar o exemplo da Suissa, pais onde não sai nenhuma resolução política sem ser aprovada pelo povo. Em Portugal, as pessoas até se unem em questões de solidariedade, para ajudar os coitadinhos...
    Aceitamos bem os de fora, mas ver o vizinho do lado na mesma mó, ou na mó de cima, é um caso do caraças! Como vê, ainda há muito a fazer quanto à mentalidade das pessoas. Mas tem razão, é dando o nosso exemplo que se consegue.
    Sabe Andresa, eu até gosto muito de política, mas não da praticada. A minha concepção de política é muito diferente, é uma entrega, uma missão divina. Mas tenho confiança que num futuro próximo vamos ter verdadeiros políticos. Se eu fosse político, ninguém havia de me ver a discursar, pois passaria o tempo todo a mobilizar gente.
    Beliva bem!

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    1. Hummm... eu não tenho aversão a nada, muito menos a manifestações e tal... Apenas não me identifico com essa forma de agir, mas respeito quem o queira fazer e quem ache que é por aí o caminho.
      Gostei da sua definição de política "uma entrega, uma missão divina"... mas acho que realmente a nossa própria política do nosso próprio eu e da nossa vida, assim o é!
      Eu, no meu caso, sinto-me cada vez mais numa entrega e numa missão divina!
      Mobilizaremos então!
      Grata*

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