Depois das belas favas, ainda
comi os mais belos morangos verdadeiramente vermelhos e biológicos, provei um
bolinho recheado com chila (que adoro), provei o licor de romã, o licor de
poejo, o pão doce chamado de “costas”, as laranjas do quintal, um fruto chamado
pêra-melão (de sabor parece um pepino doce), etc etc...
A tarde foi repleta de novidades
e coisas giras. Além de brincar com a cadela “Traquinas” (ver foto 4), que
devia pesar menos de 1 kilo e que me fez matar saudades da minha cadela,
conheci uma planta que é aeréa e é da família das Brumáceas (acho que é assim o
nome – ver foto 3), meditei na bela paisagem (um monte lindo, cheio de 1111
tonalidades de verdes a perder de vista), vi a flor da laranjeira (ver foto 2) que
além de ser linda, dá para fazer chá e fazer as noivas felizes. Nisto , a minha
amiga belivadora perguntou-me se eu os queria acompanhar nos afazeres da tarde.
E lá fui eu. Na carrinha de caixa-aberta do dono da casa, dirigimo-nos para um
outro monte onde a tarefa era apanhar laranjas. Eu nunca tinha apanhado
laranjas... e julgava que para as apanhar se subia a um escadote e tal. Nada
disso, ali, subia-se era mesmo à laranjeira para se apanhar as laranjas! E eu,
lá me lancei na subida da árvore pela primeira vez na minha vida (ver foto 5) para
apanhar as laranjas, que eram muito, mas muito docinhas!
Depois das laranjas apanhadas,
fomos para outro monte, carregar a carrinha com lenha e ver o processo da
cortiça que estava em montes para ser vendido. Nunca tinha visto tanta cortiça!
Comecei logo a imaginar o belo do chapéu e da carteira feita da mesma... enfim,
pensamentos citadinos! Nesse momento, vi um lago numa paisagem, tão, mas tão
lindo, que a minha máquina nem deu para captar tamanha beleza. Parecia que
estava nos Açores!!!
Foi um dia produtivo, cheio de
novas aprendizagens e experiências... ainda durante o dia fui premiada de belas
poesias que a dona da casa me declamou e por isso, partilho esta convosco,
intitulada “A vida”:
“A vida é uma surpresa, é um
desejo que se vota. É um caminhar depressa, é o seguir de uma rota. É andar sem
querer ir, gostar sem saber viver, chegar a um ponto e partir, à procura do
querer. É perder e é ganhar, é alegria, é tristeza, é cair e levantar, soltar a
alma presa. Correr e parar, viver e morrer, seguir até alcançar, até logo se
perder. Estranha é a vida, mesmo p´ra quem sabe viver, por vezes ela é perdida,
como a areia dos dedos a escorrer. A vida é uma surpresa que acaba sem dizer.”
(Maria do Céu)
Mais e mais coisas aconteceram
hoje. Tantas que já nem me lembro... mas há duas que vos quero contar:
A primeira, é a denominação que o
senhor que conheci, dá às pessoas quando ficam juntas amorosamente. Ele diz que
quando um casal decide estar junto é ficar “aconchegados”. Adorei! J
A segunda, foi quando cheguei a
casa, ao falar com a minha “colega” londrina, percebi que ela precisava de um
abraço. Ao dar-lhe o abraço, ela disse-me: “Esto é o meu primeira hug disdo que
estou aqui. Como dizer hug em português?”... E mal ela disse isto, dei-lhe um
segundo abraço...
A musiquinha hoje é em honra deste casal que hoje conheci, ele porque adora "música de baile", como ele diz, e ela porque já pertenceu a um grupo de Folclore! Aqui vai: http://www.youtube.com/watch?v=kNuAoN7u0Kc
A musiquinha hoje é em honra deste casal que hoje conheci, ele porque adora "música de baile", como ele diz, e ela porque já pertenceu a um grupo de Folclore! Aqui vai: http://www.youtube.com/watch?v=kNuAoN7u0Kc
Ainda hoje me tinha lembrado da Fernanda e tinha pensado perguntar-te se a tinhas visto. Era capaz de passar o resto da minha vida assim como o descreveste ..deixava a cidade sem olhar para trás. "...Alentejo da minh´Alma tão longe me vaís ficando " .
ResponderEliminarAna Isabel
Sincronicidades! Por aqui e com a Fernanda, está tudo bem!
EliminarOh meu belo Alentejo!*