domingo, 29 de abril de 2012

Amor livre

 Bem, hoje vou falar-vos de amor livre (e sexo livre) como tinha dito ontem... que é uma "tónica" aqui de Tamera. Não sei muito bem como explicar isto, porque o que é facto é que não acho nada de "anormal" por aqui. Ok... vejo pessoas a abraçarem-se e tal... mas nada mais! E isso acho normal... afinal na feira de trocas, abraçamo-nos tanto, né? Eheheh... Hoje fui a uma sessão de  esclarecimento de perguntas sobre Tamera e fizeram esta pergunta, o que é afinal o Amor e Sexo Livre. E pelo que percebi, é não ter medo de... Não ter medo de amar! Ou seja, o amor pode ser partilhado de forma livre, bem como a sexualidade. Há casais em Tamera com compromissos e tal, mas a sua sexualidade pode ser livre e ninguém fica chateado, porque é simples e fluído!

Esta questão é interessante, porque faz-nos pensar nos sentimentos de posse, pertença e muitas vezes obsessão que temos quando amamos e que sem dúvida não são favoráveis a um bom relacionamento. A infidelidade é muitas vezes o grande problema da nossa sociedade que acha que tem a posse sobre determinada pessoa e que quando temos essa pessoa, essa pessoa só tem de ser nossa e ponto final!

Acho esta ideia interessante... mas sinceramente, para mim, não me faz sentido num determinado ponto: quando se ama, não há interesse nem amoroso nem sexual por mais ninguém, sabemos que aquela pessoa é-nos única e não porque é nosso pertence, mas porque e só somos um só! Percebo a ideia do interesse sexual por outras pessoas ser abrangente, porque é um condicionamento físico, mas na minha perspectiva acho difícil amar-se verdadeiramente mais do que uma pessoa ao mesmo tempo. Mas isso sou eu... às tantas, este é o único ponto em que sofro de "normose", será?

Talvez seja uma romântica, condenada a ser uma romântica "solitária", mas como diz uma amiga minha, cada tacho tem a sua tampa e não há mais do que uma tampa para cada tacho.

...

Outro dia conheci uma pessoa que me disse que o poliamor (entenda-se ter-se vários envolvimentos com várias pessoas e todas saberem umas das outras) era muito bom para o nosso ego, para acabar com esses sentimentos egóicos, como a possessão ou ciúmes. E foi engraçado, quando essa pessoa me disse, com a maior descontracção do mundo: "Queres experimentar? Fazia muito bem ao teu ego." Eu olhei a modos que aparvalhada e respondi: "Bem, não me parece que eu vá por aí.... pelo menos por agora." (Acho que este meu agora é sempre... eheheh) E foi com esta pergunta que fiquei a reflectir em como o amor se tornou tão prático, no sentido de "usa e deita" fora, como uma experiência e não como o culminar de uma relação a dois, como se duas almas gémeas se tratassem...

Talvez esteja errada... talvez... mas sinto-me bem assim... (por enquanto... nunca se diz desta água não beberei, né?)

No final do dia de hoje, fui espairecer de carro pelos caminhos de Tamera e era esta a música que estava no meu rádio, por isso cá vai ela... http://www.youtube.com/watch?v=FgT85bW63-8

10 comentários:

  1. Olá!
    Pois deve sentir-se bem com a sua opinião. Eu também não concordo com esse Amor livre, pois é mais material do que espiritual. Por essas e outras, eu desconfio desses gurus da ecologia...
    Eu que sou dado a pressentimentos e coisas dessa natureza, alguns dias antes de conhecer a minha companheira, tinha o pressentimento de que ia conhece-la em breve, num determinado sítio e assim foi. É como se sempre a tivesse conhecido. Completamos as frases um do outro, como por telepatia. Duvido que no sexo livre (desculpa, queria dizer Amor), duvido que aconteça essa magia.
    Há muita gente que esconde as verdadeiras intenções, associando-se a movimentos ecológicos, mas especialmente à religião. Por isso minha amiga, fique tranquila que não é antiquada, apenas possui um coração puro.
    Fique bem!

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    1. Acho que são opções... o que interessa é que cada um se sinta bem com as suas escolhas!
      Grata*

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    2. Paulo concordo a 100% com o teu comentário...
      Obrigado!!!

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    3. E concordar a 111% , não era melhor?

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    4. Este comentário foi removido pelo autor.

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    5. É isso mesmo... só o futuro o dirá... sempre! ;)

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  2. Uma sugestão sobre uma leitura extra a propósito do que é o “Amor”: exclusividade ou partilha e em que medida a segunda não põe em causa sentimentos preferenciais.
    O livro “Um estranho numa terra estranha – A strange in a strange land” (e nada tem a ver com a banda musical) escrito por Robert A. Heinelein.
    Se encontrares a versão editada pela colecção Argonauta recomendo-a, que a tradução de Eurico da Fonseca é de longe muito melhor que a que está publicada na Publicações Europamérica.
    Se de todo não encontrares nem uma nem outra, avisa-me que terei todo o gosto em to emprestar.
    Entretanto, e acredito que aí não tenhas acesso a livrarias ou bibliotecas públicas, pergunta a esse pessoal se não terão algum exemplar. Quem sabe se poderás ter uma boa surpresa ao perguntar por tal obra.

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    1. Duvido que haja por aqui... mas aceito o seu empréstimo, mal vá aí para Lisboa!
      Grata*

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    2. É bom ver alguém referir-se à Colecção Argonauta, li dezenas de livros dessa colecção e mais tarde oferecia a um sobrinho que também gostava. Só não me recordo se li esse livro, é provável, já foi há uns bons anos...
      É pena não fazerem homenagens a pessoas como o Eurico da Fonseca, poucos sabem quem foi essa pessoa. Aqui vai uma reportagem acerca dele: http://youtu.be/2DF5bphep6E

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