sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Feira de Trocas Believe in Love - 26.02.12

Made in Ars Designare

Ora bem, no próximo domingo, mais uma vez venham daí trocar tudo que têm, pelo que precisam ter... 

Desta vez, a feira chegou ao palácio, no Palácio Conde d'Óbidos que pertence à Cruz Vermelha Portuguesa no Jardim 9 de Abril, número 1 (no largo do Museu de Arte Antiga, mesmo nas Janelas Verdes).
Acho que vai ser muito engraçado ver a "tralha" toda montada a combinar com os candeeiros de cristal e os azuleijos históricos. Para mim, no misturar é que está a arte!

O programa é "um must", ora vejam:
- Ponto de situação Believe in Portugal
- Speedconnecting
- Feira de Trocas
- Roleta do Amor
- Freecycle meeting
- box Vintage
- Remédios do Riso
- Gongos e taças tibetanas
- Harmonia em Feng Shui
- Massagens

Tragam:
- chávena, prato, talher e guardanapo
- comes e bebes
- cv ou cartões de visita
- o que querem trocar (produtos, serviços e contactos)
- foto ou planta da divisão da casa que queira harmonizar com Feng Shui
Para entrada deverão trazer pelo menos uma unidade por pessoa (para reverter a favor da Cruz Vermelha Portuguesa): mantas polares, fraldas, brinquedos, papas, pó de talco ou  cremes.
'Bora lá? Believe in Love: http://www.youtube.com/watch?v=5Uu3kCEEc98

Quem eu era...


e quem eu sou!
Sempre fui uma moçoila a modos que alegre, risonha, energética e de bem com a vida... mas tenho de admitir que sempre fui (e dizer isto no passado é óptimo) algo gastora e compradora! Não é que vivesse em total dependência com dinheiro ou com as compras, mas sei que tal como comer, o comprar era algo de bastante aliviador, nem que fosse naquele momento presente e instante!

Na altura em que tive o meu primeiro emprego, costumo dizer que trabalhei para a vida... ou seja, tinha um emprego a full-time, dava aulas à noite até às 22h todos os dias, consultas e formação ao sábado e no domingo trabalhava para a associação onde era presidente... Costumo dizer também que esses 5 a 6 anos valeram-me pela vida... ganhava muito dinheiro, mas não tinha tempo para o gastar! Gastava no dia-a-dia: comia fora todos os dias, tinha empregada doméstica, comprava roupa e acessórios semanalmente (quando tinha um tempinho) e guloseimas diariamente... e depois, o resto do dinheiro era mesmo gasto em viagens ao estrangeiro com o meu marido, sempre que tínhamos férias. Tinha um carro novo, uma casa nova com tudo o que tinha direito, amigos, família e a vida das 9 às 17h que não me trazia nada de novo e pouco tempo para usufruir de tudo isto... Pensava muitas vezes em como a vida era só aquilo e como aquilo não me chegava, por muito que toda a gente à minha volta me dissesse que eu tinha a vida que todos sonhavam! Este foi o meu primeiro casamento.

No meu segundo casamento, os meus empregos diminuíram e com eles também o meu ordenado ao final do mês... mas não era por isso que não tinha dinheiro para gastar no que estava habituada. Nada me faltou, felizmente! Mas como eu costumo dizer, quanto mais temos, mais gastamos... se não temos não gastamos!... As compras que eram diárias, começaram a ser semanais e as que outrora eram semanais passaram a ser mensais... O dinheiro era apenas um pormenor... mas foi aqui, nesta fase da minha vida que um dia escrevi uma lista de novas aprendizagens que tinha feito e que hoje vejo com ternura, que eram tão especiais por as ter assimilado e hoje estão tão coladas à minha pele como se nunca tivessem morado noutro sítio.

Ora vejamos:
- Fazer reciclagem (durante anos nem sabia para que serviam as cores dos caixotes do ecoponto)
- Comer fruta e legumes (andava meses e meses sem um colorido de vitamina no meu corpinho)
- Fazer comida em casa (se fazia comida uma vez por mês era capaz de ser muito)
- Poupar dinheiro (não sabia o significado da palavra poupar) 
- Ligar menos às coisas materiais (eu era a típica mulher que tinha conjunto para tudo: sapatos, mala, roupa, bijuteria, sombras dos olhos e verniz das unhas... dava-me ao trabalho de mudar de cor de unhas quase diariamente para combinar com a roupita)
- Andar mais a pé (então a partir do momento em que tive carro, andar a pé não estava no meu dicionário)
- Aprender todos os dias algo sobre a natureza (outrora a natureza era apenas um pormenor)
- Ser uma pessoa melhor cada dia, acreditanto em mim e reavivando os meus valores morais
- Pensar sobre o amanhã
- Aproveitar as sobras de comida (é incrível pensar, mas acho que ajudei muito pessoal Freegan durante muito tempo da minha vida)
- Dar valor a pequenos pormenores (como o mar, como a lua, como o cantar de um passarinho ou a companhia da minha cadela)
- Comer de forma saudável, não só pela dieta, mas porque cada dia que comesse melhor era mais um dia bom na minha velhice
- Conseguir olhar nos olhos do outro e ler a "alma"
- Aproveitar o presente com mais intensidade (eu sempre fui de pensar ou no passado ou no futuro...)
- Desfazer-me do desnecessário (se imaginassem a quantidade de conjuntos de copos que eu tinha, por exemplo... uiiii... felizmente dei quase tudo o que tinha a mais no ano passado)
- Não arrancar flores ou matar bichinhos porque são seres vivos!
- Saber esperar (sempre tão díficil para mim)
- Saber estar em silêncio (sempre tão impossível para mim)
- Acreditar sempre que o amanhã vai ser melhor do que o hoje e que o hoje apesar de ser díficil servirá para se construir  algo mais forte e melhor

Olho para trás e parece que estes meus pequenos passos que hoje estão gravados em mim, sempre cá estiveram... nem sei como pude ser outra... um dia...

http://www.youtube.com/watch?v=IRTR8pD6AhU&feature=related

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Quem é o dono das sementes?

Foto by olhares.com
Há uma coisa que me anda a preocupar... parece que anda praí uma nova "Lei das Sementes" que define que as sementes passam a ser patenteadas a larga escala. Sementes de flores, mas mais "grave" sementes de comida...

Sempre foi poder e uso de todos poder-se guardar sementes e passar de geração em geração para cultivo de consumo próprio ou de venda sem ser necessário haver uma empresa que tenha esse controle de sementes.

Ou seja, a partir dessa lei, pelo que percebi, só se poderá cultivar se forem estas sementes patenteadas por grandes empresas que detém este "monopólio" das sementes... Mas estamos onde?! Bem, isto foi algo que me indignou quando fiquei a saber... mas as sementes não é um bem comum, como é o ar, a água!??!?!

Parece-me que daqui a uns anos vamos todos andar a comer a mesma coisa, independentemente de estarmos em Portugal ou na Conchichina... não sei porquê... mas não me parece bem... Que me dizem?


"Geme o restolho preso de saudade... esquecido, enlouquecido, dominado... escondido entre as sombras do montado... sem forças e sem cor e sem vontade..." http://www.youtube.com/watch?v=y6raRduUhaw

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Frases soltas...

Foto by olhares.com
Já aqui falei da minha agenda de 2012 de Manual de Instruções de Desenvolvimento Sustentável... e hoje ao esfolheá-la não resisti em partilhar algumas frases soltas que me chamaram a atenção.

Ora vejamos:
"As coisas que queremos e parecem impossíveis só podem ser conseguidas com uma teimosia pacífica." (Gandhi)

"Na parede de um bar de Madrid, um cartaz avisa: Proibido cantar. Na parede do aeroporto do Rio de Janeiro, um aviso: É probido brincar com os carrinhos de porta-bagagem. Ou seja, ainda há gente que canta e anda há gente que brinca!" (Eduardo Galeano)

"Eu nunca permiri que a instrução escolar interferisse na minha educação." (Mark Twain)

"Estilos de vida sustentáveis têm a ver com necessidades básicas. Usar apenas as coisas quando necessário." (Filipinas)

"Amo a liberdade, por isso deixo as coisas que amo livres. Se elas voltarem é porque as conquistei. Se não voltarem é porque nunca as possui." (John Lennon)

"Cada homem tem a sua parcela de terra para cultivar. O que é importante é que cave fundo." (José Saramago)

"A felicidade está em usufruir e não em possuir." (Michel Montaigne)

"A maneira ideal de viver eficiente e produtivamente , é ter paixão no que se persegue." (Líbano)

"Somos o que partilhamos." (Charles Leadbeater)

http://www.youtube.com/watch?v=V5Bx7ADx1XI&feature=related

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

De quem é a culpa?

Há dias que a minha actividade física mais do que motivadora e de "vamos para a frente pessoal!" é de ser pensante. E pronto, pûs-me a pensar... a pensar... a pensar... de que forma é que se podia dar a volta por cima  a esta crise que nos dá a volta ao carolo...

Ao verificar os prós e os contras, não cheguei à conclusão de que o dinheiro é o mau da fita, ou esta ou aquela pessoa ou governante, ou uma determinada situação mundial. Não! Antes pelo contrário... acho que se estamos neste ponto onde estamos, por alguma coisa é... e creio que é algo de muito bom! Sempre ouvi dizer que a crise, o buraco, a depressão, a ruína é a melhor altura para se ser criativo e dar a volta por cima... por isso, se o mundo se está a desmembrar, se a crise está instalada e se o caos está montado, tenho a certeza que algo de muito bom está para vir!

Senão vejamos: nunca vi tantas ajudas de solidariedade como ultimamente tenho visto... ou pessoas que querem fazer voluntariado apenas e só porque querem ajudar os outros e se sentirem úteis... ou pessoas preocupadas com o meio ambiente... com a transição... com o equílibrio do corpo e do espírito... articulação entre as gerações mais novas e as mais velhas... vejo muita coisa boa... vejo sim!

E comecei a ver no que via mal... e pronto, descobri! O problema neste momento é sempre e só: o petróleo! Estamos tão, mas tão, mas tão tão tão tão dependentes do petróleo no nosso dia-a-dia que nos tornamos escravos dele e dos grandes poderes mundiais que têm a sorte de o ter nos seus territórios... E então pûs-me a pensar novamente: e se TODOS os carros do nosso país (pelo menos do nosso país) tivessem um sistema que nos deslocasse de forma gratuita? Tipo a luz solar ou assim?... Seríamos todos felizes, independentes e sorridentes... a necessidade ao dinheiro também diminuaria, diminuindo também a crise onde nos encontramos.

A nossa necessidade actual ao petróleo é preocupante, para não dizer mesmo alarmante... nós até podemos neste momento apertar o cinto e tal, mas o que nos acontecerá quando não tivermos mesmo petróleo para nos deslocarmos ou para que a comida e os bens mais essenciais possam chegar até às nossas casas?

Realmente, já começo a pensar em fazer o mesmo, que vi um dia um membro do Troco 1 hora pedir: "troco o meu Mercedes por um cavalo ou burro novo"... LoooooL... É para rir, mas que começa a não ter piada nenhuma é verdade verdadinha...

Ora vejam o seguinte vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=Ji5nxvLmRKs&feature=related

domingo, 19 de fevereiro de 2012

O sentido da vida

Com esta coisa da gripe, da febre e da tosse... uma pessoa fica assim a modos que parada, lenta e ao ralanti no que toca ao dia-a-dia. Já faz uma semana que esta coisa da "doença" se apoderou de mim... e por muito que já esteja (muito) melhor, a verdade é que ainda há pouca vontade de "bulir" a 2000 km/hora como é o meu normal.

Bem, isto tudo para dizer, que quando fazemos uma pausa, mesmo que essa pausa nos seja pedida pelo nosso corpo ou pelo Universo ou pelo vírus da gripe, ou sabe-se-lá porquê, é natural que fiquemos a pensar na nossa vidinha. É sempre uma boa altura, quando estamos mais doentes ou debilitados para fazer um ponto de situação, recebermos mimos dos nossos entes queridos, ver um bom filme, ler um livro ou escrever no blog. Bem, eu optei por tudo, como não podia deixar de ser! Se posso ter tudo, porquê me contentar com menos?!!? Ehehehe...

E é do livro que peguei neste meu momento de pausa, que vos quero falar. "O sentido da vida" de Oscar Brenifier e Jacques Després da Editora Edicore, da colecção Filosofia para Crianças.

Apesar de parecer mais nova do que o que sou, ser sempre muito extrovertida e animada e ter muito orgulho em ser uma eterna criança, posso assegurar-vos que filmes de animação, jogos e contos infantis nunca foram o meu forte. Só de lembrar-me das vezes que as minhas melhores amigas trocavam piadas sobre os desenhos animados da nossa infância e eu ficava a olhar para elas, como se estivessem a falar de E.T.'s... dá-me´cá uma vontade de rir... que nem imaginam! Eu sou animada e extrovertida, mas desenhos animados e coisas do género não são realmente o meu forte. Excepto: livros infantis! Não todos... eu adoro mesmo, livros infantis que têm sempre um ponto de reflexão final!

E este que vos falo é um desses livros que simplesmente ADORO: "O sentido da vida"! Os desenhos são gírissimos como se de "fotos-imagens a 3D's" se tratassem e o contéudo é simplesmente genial. Ora aqui vai uma pequena partilha para vocês:
. "Algumas pessoas pensam que a vida tem mais sentido quando é muito preenchida, quando se possuem muitas coisas. Outras acham que a vida tem mais sentido quando não existe nada que nos sobrecarregue."
. "Algumas pessoas pensam que a vida é aceitarmos os sofrimentos que ela nos possa reservar e enfrentarmos as dificuldades. Outras acham que a vida é fugirmos dos problemas e procurarmos sempre viver sem preocupações."
. "Algumas pessoas pensam que a vida é termos um trabalho para ganhar a vida e encontrarmos o nosso lugar na sociedade. Outras acham que desperdiçamos a vida fazendo demasiados esforços, que perdemos o nosso tempo a trabalhar."
. "Algumas pessoas pensam que o sentida da vida é estarmos sempre a brincar, é divertirmo-nos com tudo. Outras acham que o sentido da vida é sabermos comprometer porque ela é um assunto sério."
. "Algumas pessoas acham que a vida é uma coisa preciosa, que devemos fazer tudo para a preservar. Outras pensam que a vida vale menos que os grandes ideias, como a liberdade ou a verdade."
. "Algumas pessoas pensam que o sentido da vida é procurarmos realizar o nosso sonho por mais louco que ele seja. Outras acham que o sentido da vida é sabermos aceitar a realidade como ela é, vivermos bem cada dia."

Algumas pessoas... outras pessoas... somos todos nós... com pensamentos diferentes... com olhares diferentes sobre o sentido da vida... porque no fim das contas... a vida é o que fazemos com ela!

http://www.youtube.com/watch?v=V5Ej_WQhKSI